PARALISIA CEREBRAL, UM TABU A SER QUEBRADO

sexta-feira, 24 de julho de 2009

NOTICIA - 'Marcelo Tas, a grane e careca cabeça'

GRANDE E CARECA CABEÇA

Marcelo Tas está sempre a par do mundo da tecnologia e à frente de tudo. Até que um dia você para e descobre que ele ficou para trás. Ou melhor, por trás. Com seu Twitter e o programa CQC, Tas virou referência de jornalismo e humor

Por Helio De La Peña

Tenho saudades do Tas. Trabalhamos bem próximos em duas ocasiões. Primeiro no programa Doris para Maiores, em 1991, na Globo. Ele fazia jornalismo-mentira na pele do repórter Ernesto Varella, um personagem que criou para satirizar sobretudo a classe política. Eu era da turma responsável pelos quadros de humor.

Mais tarde, nos tornamos vizinhos de redação. No mesmo lugar ficavam as equipes do Casseta & Planeta, Urgente! e do Programa Legal. O Tas era roteirista do último. Mas sabe do que eu sinto falta mesmo? É dos tempos em que éramos vizinhos de casa em Santa Tereza, no Rio de Janeiro.

Foi ali que comecei a enxergá-lo como um nerd do bem. O Marcelo é desses que sempre estão envolvidos com novidades. Quando descobri o Twitter, em março agora, ele já estava lá fazia uns 200 anos. Um costume dele? Mostrar alguma nova tecnologia. Outra prática diária? Distribuir um artigo curioso. Estar perto dele é estar bem informado, atualizado. Não é muito sem motivo que esteja entre os brasileiros com mais seguidores na rede social dos 140 caracteres - ele tem mais de 170 mil observadores, mas desconfio que a meta seja aquela do Roberto Carlos. Acho que o Tas gostaria de ter um milhão de amigos... no Twitter. De todo jeito, ele já é o nosso Ashton Kutcher.

Agora, volto a vê-lo no CQC. Vai bem, o Tas. No papel do mestre de cerimônia de uma nave que sobrevoa uma multidão de assuntos. Se o Marcelo Tas é um gênio? Bom, nunca o vi saindo da garrafa, mas o cara é mesmo fera. O Marcelo faz você rir com cobertura política. Jô Soares fazia isso, Chico Anysio também. O próprio Casseta faz, com o slogan "jornalismo mentira, humorismo verdade". Mas a gente faz isso por meio da ficção. Bem diferente do CQC ou do que ele realizava lá atrás. O trabalho dele é pioneiro. Engraçado isso, não? De repente eu percebi que o cara que está sempre à frente de tudo hoje está por trás de tudo. Ele é um modelo de humor e jornalismo. Pois é. O Tas virou referência. Isso que dá ter uma grande - e careca - cabeça.

Fonte Revista Galileu (tem que ser cadastrado para visualizar o conteúdo)