O paulista de Santo André Danilo Gentili nasceu numa família católica, mas aos 14 anos começou a frequentar uma igreja evangélica. E era lá, nos cultos dedicados aos jovens, que ele pregava a palavra de Deus.E fazia piada. Assim como faz hoje, no Twitter, onde mais de 315 mil followers dão risada ou xingam o humorista. Citando um título de notícia do site G1, que dizia "Real aguarda transferência milionária de Kaká", ele emenda: Renascer também. São tiradas assim e histórias do cotidiano que Danilo (que ganhou fama com o semanal CQC - Custe o que custar) apresenta neste domingo, às 20h, no seu show solo Danilo Gentili - Volume 1, no Teatro da UFPE.
O show não conta com figurino especial, maquiagem, iluminação. É só o comediante. Que tem a 'obrigação' de fazer rir uma plateia inteira. "O stand-up comedy é simples na sua forma. Mas por isso mesmo, é muito difícil. Você não tem um parceiro para ajudar. Não tem peruca, acessórios, um bordão para falar.É só o texto, as piadas. Se ninguém gostar, é do comediante, não é do personagem", avalia. E ele diz que já passou pela experiência de ninguém rir com uma piada. Mas não tem jeito. Não há fórmulas. Mesmo a experiência com comédia não é garantia de que o público vai rir. "Por isso que tenho tanta dor de cabeça antes de terminar um texto. Todo comediante é inseguro, lida com o desconhecido. É tentativa e erro".
Há quatro anos, Danilo trabalha com este tipo de humor "sem artíficios" e, há dois, integra o grupo dos homens de preto do CQC. No Senado, muitos políticos baixam o rosto para não ter que encarar as perguntas afiadas e desaforadas do humorista que se transforma em repórter. "Geralmente a gente não sabe como será a reação do povo com este tipo de piada, mas como é político, espero sempre o pior. Afinal, estou tratando com a escória da sociedade", alfineta. Ele não tem esperanças que esse cenário de corrupção e escândalos vá mudar. "Espero que não mude mesmo. Sempre vou ter piada". No programa, além do humor que causa arrepios aos políticos, ele fez muito sucesso com o quadro O repórter inexperiente. Entrevistou Márcia Goldschmidt, Gretchen, Marcelo Rossi. Mas simulava estar nervoso, não sabia segurar o microfone, fazia perguntas as mais descabidas possíveis. "O quadro teve que parar porque começou a ficar muito conhecido. Aí as pessoas já sacavam".
A polêmica é um dos aperitivos. Ontem mesmo, fez algumas piadas no Twitter com o 11 de Setembro. "Há 8 anos alguém no tel olhando pela janela falou: Lembra q disse q ia pegar avião hj? Bem... Acho q ele vai me pegar 1º!". Basta isso para que um monte de gente mande mensagens elogiando ou dizendo horrores por ele brincar com um tema tão sério. "São muitos seguidores. Metade gosta de mim, metade não gosta". A popularidade não impede - e até ajuda - que o humorista critique o público brasileiro. Diz que a maior parte é burra. "Entra lá no site do Congresso. Vê quais são os nossos senadores, eleitos pela maioria da população. Se você achar que eles não são burros, retiro o que eu disse". Os ingressos para a apresentação de amanhã, que será aberta por Murilo Gun, custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). A compra pode ser feita nas lojas VR dos Shoppings Recife e Plaza Casa Forte e na bilheteria do teatro. Informações: (81) 3207-5757.
Fonte: Diário de Pernambuco
O show não conta com figurino especial, maquiagem, iluminação. É só o comediante. Que tem a 'obrigação' de fazer rir uma plateia inteira. "O stand-up comedy é simples na sua forma. Mas por isso mesmo, é muito difícil. Você não tem um parceiro para ajudar. Não tem peruca, acessórios, um bordão para falar.É só o texto, as piadas. Se ninguém gostar, é do comediante, não é do personagem", avalia. E ele diz que já passou pela experiência de ninguém rir com uma piada. Mas não tem jeito. Não há fórmulas. Mesmo a experiência com comédia não é garantia de que o público vai rir. "Por isso que tenho tanta dor de cabeça antes de terminar um texto. Todo comediante é inseguro, lida com o desconhecido. É tentativa e erro".
Há quatro anos, Danilo trabalha com este tipo de humor "sem artíficios" e, há dois, integra o grupo dos homens de preto do CQC. No Senado, muitos políticos baixam o rosto para não ter que encarar as perguntas afiadas e desaforadas do humorista que se transforma em repórter. "Geralmente a gente não sabe como será a reação do povo com este tipo de piada, mas como é político, espero sempre o pior. Afinal, estou tratando com a escória da sociedade", alfineta. Ele não tem esperanças que esse cenário de corrupção e escândalos vá mudar. "Espero que não mude mesmo. Sempre vou ter piada". No programa, além do humor que causa arrepios aos políticos, ele fez muito sucesso com o quadro O repórter inexperiente. Entrevistou Márcia Goldschmidt, Gretchen, Marcelo Rossi. Mas simulava estar nervoso, não sabia segurar o microfone, fazia perguntas as mais descabidas possíveis. "O quadro teve que parar porque começou a ficar muito conhecido. Aí as pessoas já sacavam".
A polêmica é um dos aperitivos. Ontem mesmo, fez algumas piadas no Twitter com o 11 de Setembro. "Há 8 anos alguém no tel olhando pela janela falou: Lembra q disse q ia pegar avião hj? Bem... Acho q ele vai me pegar 1º!". Basta isso para que um monte de gente mande mensagens elogiando ou dizendo horrores por ele brincar com um tema tão sério. "São muitos seguidores. Metade gosta de mim, metade não gosta". A popularidade não impede - e até ajuda - que o humorista critique o público brasileiro. Diz que a maior parte é burra. "Entra lá no site do Congresso. Vê quais são os nossos senadores, eleitos pela maioria da população. Se você achar que eles não são burros, retiro o que eu disse". Os ingressos para a apresentação de amanhã, que será aberta por Murilo Gun, custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). A compra pode ser feita nas lojas VR dos Shoppings Recife e Plaza Casa Forte e na bilheteria do teatro. Informações: (81) 3207-5757.
Fonte: Diário de Pernambuco
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