PARALISIA CEREBRAL, UM TABU A SER QUEBRADO

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

NOTICIA - 'O talento secreto de Rafael Cortez'

O Brasil o conhece pelas tiradas inteligentes e pelo humor sarcástico que ele exibe no ar às segundas-feiras, no programa CQC, da Band. Mas quem poderia imaginar que por debaixo do terno preto, sua farda habitual, Rafael Cortez, 32 anos, esconde um lado introspectivo, sério e, por que não dizer, triste de ser?

Foi o que Contigo! descobriu em um encontro com o humorista no bairro da Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, onde mora. Essa faceta surpreendente, na verdade, está ligada a outra carreira de Rafael: a de violonista clássico.

Muito antes de ser repórter do CQC, Rafael quis ser músico erudito. Aos 17 anos, ele iniciou seus estudos do instrumento com o firme propósito de se tornar violonista de concerto. Mas o plano não correu bem como ele esperava. Aos 22, depois de muito estudar para entrar no curso superior de violão clássico, na Unesp, ficou em sexto lugar. ”Eram só quatro vagas e eu fiquei um pouco deprimido. Comecei a questionar como era a formação e qual a expectativa de um violonista clássico. Estava decepcionado”, relata.

Rafael Cortez na revista Contigo

Música e humor
Determinado a dar a volta por cima, ele convenceu a conceituada violonista paulista Badi Assad, 42, reconhecida internacionalmente por mixar música, voz e trabalho corporal, a ser sua mestra. ”Foi Badi que resgatou meu amor pelo violão e mostrou que existe direito ao erro”, lembra ele, cheio de carinho pela professora.

Jornalista formado, ele deu uma pausa na música em 2006 e acabou descobrindo o humor como ofício. O que não quer dizer que Rafael seja do tipo piadista 100% do tempo. ”Não acordo engraçado como o Danilo (Gentili, seu colega de CQC). Mas isso aconteceu na minha vida e foi muito bom”, afirma.

A paixão pela música, porém, se manteve acesa. Em agosto, o humorista-violonista retomou os recitais com duas apresentações no Teatro Regina Vogue, em Curitiba. Na programação, clássicos de Heitor Villa-Lobos e Bach, trilhas sonoras de cinema e composições próprias. No formato, uma mescla de canções e textos bem-humorados. ”Misturei tudo e acrescentei comentários engraçados. As pessoas esperavam por isso”, conta.

Ah, sim, Rafael também compõe e pretende lançar seu primeiro CD em breve. ”Estou sem compor desde 2005 porque acho que para fazer isso é preciso estar um pouco triste. Quando se está triste, tudo o que se faz fica mais bonito”, avalia ele, que diz ter 70% do disco já gravado.

*Matéria publicada na edição 1773 da revista Contigo.

Fonte: Portal CQC

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