Microfone foi encontrado em televisor doado pelo programa. De acordo com prefeito, produtora do programa é ligada a empresa do filho do presidente Lula e episódio foi represália a seu apoio a Serra na disputa pela presidência.
Uma ação orquestrada pelo governo do PT, devido a seu apoio à candidatura de José Serra à presidência, e que também envolve crime de espionagem. Foi assim que o prefeito de Barueri, Rubens Furlan, classificou, em entrevista coletiva concedida na manhã de ontem, a polêmica envolvendo a cidade no programa CQC (Custe o Que Custar), da TV Bandeirantes.
A história começou há uma semana, quando a prefeitura obteve uma liminar, na Justiça, impedindo que o quadro Proteste Já gravado no município fosse ao ar. O programa mostraria o destino de um televisor, doado pelo programa a uma escola da rede municipal de ensino da cidade, e que estava irregularmente na casa de um funcionário público, “desvio” que foi descoberto por meio de um GPS “plantado” pelo programa no aparelho.
Após ser chamado de censurador, pelos apresentadores do programa, o prefeito voltou atrás e desistiu da ação. Com isso, o quadro foi ao ar nesta segunda-feira, dia 22 de março, incluindo uma ríspida entrevista de Furlan, conduzida pelo humorista Danilo Gentili, na qual o prefeito chama os integrantes do programa, por diversas vezes, de “babacas”.
Escuta
Ontem, além de dar detalhes do episódio, Furlan afirmou que, em perícia realizada pela polícia, a seu pedido, também foram encontrados dentro do televisor equipamentos que configuram espionagem
“A televisão foi doada a outra escola. Mas decidi encaminhá-la à perícia. E foi encontrado, dentro do aparelho, um GPS, um microfone de alta sensibilidade, duas baterias grandes, com suporte, e ainda um chip da Tim, que agora a polícia se encarrega de ver em nome de quem (está registrado). Com isso, eles poderiam, a hora que desejassem, ouvir a conversa do ambiente em que estivesse a televisão”, explicou, acrescentando que esse tipo de conduta configura crime federal. “Nos Estados Unidos, isso derrubou até presidente”, completou, referindo-se ao caso Watergate, que derrubou o presidente Richard Nixon.
Ele também negou que a liminar contra o programa tivesse caráter de censura. “Quando fui à Justiça, foi para preservar 10 mil funcionários, para preservar a cidade. Toda a rede estava em férias quando entrou essa televisão. Ela foi para o almoxarifado e um dos funcionários levou embora. Onde está a culpa do prefeito?”, questionou.
Segundo Furlan, a funcionária envolvida no caso se demitiu quando foi chamada para uma sindicância. “Mesmo assim, ela foi ouvida. E vamos continuar investigando. Vamos ouvir inclusive o pessoal do programa”.
O prefeito falou ainda sobre o conteúdo “ríspido” da entrevista que foi ao ar no programa. “Aquilo não é uma entrevista. Eles não são jornalistas. Vieram para meter o dedo na cara do prefeito e humilhar o prefeito. Mas o prefeito não aceita humilhação. Ninguém bota o dedo na minha cara. Nenhum espião”.
Política
Quanto à conotação política do caso, o prefeito alegou que a produtora argentina Quatro Cabezas, responsável pelo programa, é ligada, no Brasil, à empresa de comunicação Gamecorp, que tem entre seus sócios um dos filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Já a justificativa, para essa “perseguição”, seria seu já declarado apoio ao governador José Serra nas eleições à presidência. “Temos, aqui na região, 4 cidades administradas pelo PT: Osasco, Carapicuiba, Itapevi e Pirapora. E nenhuma delas recebeu televisão. O PT em autorização para roubar. Mas para espionar eu não sabia”, disparou.
Ele disse ainda que o PT da região está incomodado com o fato de sua vida pública já durar 34 anos na cidade. “Estou há 34 anos na política, mas sempre disputando eleição. E hoje minha aprovação é de 89%”, disse.
Furlan descartou pedir direito de resposta ao programa, mas disse que vai tomar as providências judiciais. “Vou processar, não tenham dúvida. A televisão foi apreendida pela polícia e está passando por perícia para que eu possa mover uma ação criminal e federal”, afirmou.
O prefeito também distribui cópias de um boletim de ocorrência, registrado no 1º DP da cidade, com um histórico do caso e a relação dos aparelhos encontrados dentro do televisor.
Fonte: Jornal Diário da Região
2 comentários:
Quero aqui pedir desculpas públicas ao CQC pelo jeito desrespeitoso e incoerente que agiu o prefeito da minha cidade Rubens Furlan. A maioria da população da cidade se sente muito envergonhada. Nos desculpem.
A LEI DIZ Q... TODOS SAO INOCENTE ATE QUE PROVE AO CONTRARIO!
QUERO VER SE ELE CONSEGE PROVAR OQ ELE DISSE! ""O PT em autorização para roubar. Mas para espionar eu não sabia""
PROVA PARA OS DEMOCRATAS QUE SAO O PROPRIO POVO QUE ELEGEU VC EM BARUERI!-<
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