Se, nos tempos do Império, o humor priorizava os fatos políticos, hoje, com a internet e as redes sociais, caiu na rede, é peixe! As piadas são instantâneas e, menos engajadas, fazem referência a qualquer celebridade, futebol e outros temas do dia-a-dia. "O brasileiro ri do bordão, mesmo que não o reconheça como tal. A audiência do 'Zorra Total', o Seu Creisson falando 'errádio' e o Zina repetindo a todo instante 'Ronaldo', no 'Pânico na TV', não me deixam mentir. Isso sem falar no bordão que não tem forma, como o Rubinho Barrichello que, ao perder corridas toda semana, vira piada pronta de si mesmo", diz Antonio Tabet, mantenedor do blog humorístico Kibe Loco, que registra 400 mil visitantes por dia e tem quase 300 mil seguidores no Twitter.
Para Marcelo Tas, também um dos usuários mais seguidos, as redes sociais contribuem na medida em que os membros do CQC podem escutar seus telespectadores. "O Twitter inverte a ordem natural da TV broadcast e faz com que nao fiquemos acomodados nas conquistas".
Mas, segundo Isabel Lustosa, por ter proporcionado volume e velocidade, o Twitter pode trazer também o desgaste do humor. Como o consumo é instantâneo, a piada fica velha rapidamente e é preciso ainda mais criatividade e talento para se sobressair. "É o que a própria televisão sofre. Como tudo é na hora, com o tempo, os personagens se desgastam e podem não produzir mais tanto efeito", comenta a historiadora.
Fonte: Yahoo
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