PARALISIA CEREBRAL, UM TABU A SER QUEBRADO

domingo, 22 de maio de 2011

Mesmo com piadas controversas, comediantes do CQC faturam alto

ATENÇÃO! NÓS DO CQC IN LOVE NÃO JAMAIS IRIAMOS COMPARTILHAR COM ESSA 'DENÚNCIA' SOBRE O CQC. PORÉM NOSSO COMPROMISSO É DE INFORMAR!
Enquanto a mídia repercute a polêmica em torno das piadas de Danilo Gentili no Twitter (sobre judeus, metrô e Auschwitz) e de Rafinha Bastos no seu solo de "stand-up" (sobre estupro e mulheres feias), a receita publicitária do programa que os projetou, o CQC (Band), não para de crescer.

Quem quiser desembolsar de R$ 360 mil a R$ 2,4 milhões (preço de tabela) por uma das ações de merchandising do programa terá de enfrentar uma fila de até seis meses, a depender de que algum dos 12 anunciantes atuais abra mão da vaga.

Já para anunciar nos intervalos, o custo é de R$ 108 mil (preço de tabela) por uma propaganda de 30 segundos.

Para um programa que vai ao ar na segunda à noite e tem audiência média de seis pontos no ibope, o valor é considerado alto. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande São Paulo.


Rafinha Bastos (alto) e Danilo Gentili continuam faturando alto apesar de piadas polêmicas no Twitter
Uma propaganda de 30 segundos no "Pânico" (Rede TV!), que é exibido aos domingos, dia considerado mais nobre, com dez pontos de audiência, sai por R$ 179 mil (preço de tabela).

"Se nosso público começar a ficar incomodado com esse tipo de humor e deixar de assistir ao programa, talvez a gente deixe de patrociná-lo, porque estou de olho no público e na maneira bacana com que o programa chega até ele", afirma Gabriela Onofre, diretora da P&G, que cuida da Gillette, uma das patrocinadoras.

Outro atributo associado ao programa, segundo os anunciantes, é o potencial de repercutir a publicidade nas redes sociais. Para ter uma ideia, os CQCs chegam a tuitar propaganda.

Em merchandising, os humoristas embolsam de 5 a 15% da verba, na maioria dos casos. Essa prática, porém, tem sido cada vez mais questionada no meio.

De um lado, as atrações do programa tentam transmitir a imagem da comédia feita com uma visão crítica do mundo. Nesse aspecto, o CQC se diferencia de qualquer outro humorístico, propondo-se desmascarar as mazelas da classe política.

"A questão é o rabo preso. Acho extremamente contraditório o artista posar como paladino da cidadania e depois abrir uma lata de refrigerante. A credibilidade vai para o brejo", comenta um famoso comediante, que preferiu não se identificar.

Mas não é a TV a principal fonte de renda dos CQCs. Basta pensar que, nos shows de "stand-up", a média do ingresso é de R$ 30 para um auditório de 400 pessoas, e 80% da bilheteria vai para o bolso dos comediantes.

Danilo é considerado um excelente artista no ofício e costuma se apresentar mais de uma vez por semana. Ele e Rafinha, aliás, são sócios de um bar de "stand-up".

BASTIDORES:

O que mais se escuta dentro da equipe é que no CQC a piada é o que conta. Em uma inversão da lógica jornalística, o mais importante não é a resposta recebida, e sim a pergunta feita.

Os comediantes costumam dizer que praticam um "jornalismo moleque", mais descompromissado.

A ordem é sempre criar situações de confronto e constrangimento. Isso, quando dá certo, é comemorado.

A pauta do programa é inspirada no noticiário e existe uma preocupação em não soar popularesco.

Na esteira da polêmica da piada de Auschwitz, nenhum dos comediantes do programa procurados pela Folha se dispôs a falar.

A reportagem informa que não utilizou os métodos do CQC para se aproximar dos entrevistados.

Fonte: UOL

1 comentários:

Sexo c/ Amor? disse...

Eu sou fã do CQC, mas não destas piadas.
Seremos mais humanos se formos unânimes naquilo que valha a pena. A única maneira de vencer a unanimidade burra é participar da unanimidade inteligente.