PARALISIA CEREBRAL, UM TABU A SER QUEBRADO

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

NOTICIA - 'Felipe Andreoli também se joga no stand-up'

Sempre que estamos a ponto de fazer algo pela primeira vez ou quando não se sabe qual será a reação das pessoas vem aquele frio na barriga que parece sem fim, contrastando com uma euforia pulsante. Felipe Andreoli aparentava estar assim momentos antes de subir pela primeira vez ao palco do Teatro Bibi Ferreira, em São Paulo, com “Que estória é essa?”.

Dias antes da estreia, ele "desabafou" em seu blog : “confesso que a adrenalina, a ansiedade, os pensamentos estão me consumindo intensamente nesta reta final de preparação. (...) E se ninguém rir? Se ninguém rir é porque o povo de São Paulo é muito mala...rs. (...) Mas Sampa é Sampa, e não dá pra negar que estou com o c* na mão... rs”.

A ansiedade ainda foi agravada pelo calor intenso que fazia na capital paulista na noite de quinta (5). No backstage, minutos antes de entrar no palco, Andreoli canta bem alto para exorcizar e vai. A plateia, um misto de convidados e fãs, o recebe com simpatia, interage e depois da segunda piada o pupilo de Marcelo Tas no CQC está à vontade.

O espetáculo passou pelas principais capitais do Brasil e por algumas cidades no interior. Mas o nervosismo em São Paulo foi maior. “Por ser minha terra natal, né. Além de tudo, São Paulo é a capital cultural do Brasil, onde tem todos os teatros... Acho que São Paulo e Rio são lugares referências, daqui sai o bafafá que vai divulgar um espetáculo para os outros lugares. Viajei e circulei muito por outras cidades pra chegar em São Paulo com espetáculo redondo”.

DIÁRIO

Em “Que estória é essa?”, o jornalista de 29 anos – que já trabalhou na Record, na Rede Gospel e na TV Cultura – afirma não fazer uma apresentação no estilo stand-up. A ideia é retomar algumas situações e experiências de sua vida para divertir e acrescentar. Com a ajuda de fotos projetadas em telão, ele conta curiosidades desde a infância até as viagens feitas a trabalho.

Andreoli diz que espera deixar alguma coisa no público. “Nem que seja uma lembrança da nossa infância, do Fofão, da Simony, das histórias que conto das minhas viagens pra China, do Vaticano... São coisas que tem uma graça, mas também um pouco de informação que você pode levar para casa. E tem a ver com meu estilo também de fazer reportagem no CQC”.

DE FAMÍLIA

Os colegas do CQC Danilo Gentili, Oscar Filho, Rafael Cortez e Mônica Lozzi na estreia de Andreoli, na última quinta-feiraOs colegas do CQC Danilo Gentili, Oscar Filho, Rafael Cortez e Mônica Lozzi na estreia de Andreoli, na última quinta-feira

Os colegas do CQC Danilo Gentili, Oscar Filho, Rafael Cortez e Mônica Lozzi na estreia de Andreoli, na última quinta-feiraOs colegas do CQC Danilo Gentili, Oscar Filho, Rafael Cortez e Mônica Lozzi na estreia de Andreoli, na última quinta-feira.















Espetáculo encerrado, Andreoli está ainda mais eufórico. Cumprimenta a todos os amigos (a turma do CQC estava em peso) que foram prestigiar e bate um papo rápido com o Colherada. Agitado, não contém a alegria e fala sempre com sorriso de orelha a orelha, principalmente quando o assunto é o pai.

No espetáculo, ele explica como chegou até ali. Tudo culpa do também jornalista Luiz Andreoli, apresentador de programas esportivos. “Meus pais são separados, então tinha um final de semana com cada um. Meu pai praticamente trabalhava todo sábado e domingo, o único jeito de ficar com ele era indo trabalhar junto. Pra mim aquilo era um prazer. Ele fazia o Show do Esporte, na Band, aos domingos e eram 12, 13 horas de programa. Adorava ficar lá com ele. A minha paixão pelo esporte e pelo jornalismo foi em função do trabalho dele”.

A influência fica clara nas reportagens para o CQC em dias de jogos de futebol. Andreoli é daqueles que sabe quem marcou tal gol, em tal partida, em mil novecentos e bolinha.

CONSUMIDOR DE CULTURA

“Infelizmente gostaria de ter muito mais tempo e espaço para ir ao cinema, teatro. Fui ver 'Bastardos Inglórios' depois de muito tempo que não ia ao cinema. No teatro, tenho ido mais assistir a comédias, para beber dessa fonte. Gosto de ler... ganhei uma coleção de DVD do George Carlin, um dos mestres do stand-up nos Estados Unidos... Sou um consumidor forte de cultura, mas ultimamente não tenho tido tempo. Normalmente quando estou em algum evento estou trabalhando (risos)”.

Agora ele é parte atuante do meio e admite que “conversando com produtores teatrais, com gente que trabalha com teatro, a gente vê que os espetáculos de comédia estão lotando mais do que os outros”. O que pode significar um primeiro passo para o público habituar-se com o teatro. “É um passo. É mais fácil digerir isso aqui do que um Shakespeare logo de cara, com horas de duração. Aqui você ri, se diverte, sai leve...”.

Na mesma ocasião, Andreoli respondeu ao Questionário Colherada. Veja abaixo:



Fonte: Colherada Cultural

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