PARALISIA CEREBRAL, UM TABU A SER QUEBRADO

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

NOTICIA - 'Mônica Iozzi não sabe se continua no CQC'

  Foto: TV Press
Mônica Iozzi pode sair da equipe do CQC.

Depois de eliminar 28 mil concorrentes e conquistar a vaga de oitava integrante do humorístico da Band CQC, Mônica Iozzi vive um momento de incerteza profissional. O contrato da repórter com o programa termina em dezembro e ela ainda não foi chamada para conversar sobre a renovação.

"Por enquanto, sei que fico até o fim do ano. Existe um aceno do programa para que eu permaneça, mas nada foi formalizado", diz.

Em janeiro, Mônica viaja para a Austrália. A intenção é aperfeiçoar o inglês e ainda fazer cursos de teatro e cinema. "O CQC entra em férias e a gente volta no comecinho de março. Isso se eu voltar, né?", observa a moça, que entrou no programa em outubro.

Mônica sabe de suas deficiências em relação aos outros sete integrantes da turma, que estão familiarizados com a função de repórter de TV. "Sei que ainda não estou no nível dos meninos, mas me esforço para chegar lá. Ficar no programa é meu foco agora", avisa.

A oitava CQC é atriz, formada pela Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp. Apesar disso, ela jura que não entrou no programa imaginando projeção nacional. "Nunca pensei em tirar proveito do que o CQC podia me dar ou para ficar na mídia", vocifera.

A oitava CQC já passou por algumas intempéries durante as reportagens. Durante uma festa de uma famosa revista, Mônica saiu da produtora com uma lista de celebridades para entrevistar. Quando chegou lá, viu que boa parte das pessoas que estavam programadas simplesmente não apareceram. E, quem deu as caras, não quis falar com ela. "Fiquei mal e liguei pro Rafael Cortez, que se tornou um grande amigo. Eu estava chorosa e ele me disse que isso é recorrente, faz parte", lembra.

E deve ser mesmo. Afinal de contas, antes dessa fatídica festa, Mônica teve um entrevero com Flora Gil, mulher do cantor e político Gilberto Gil. "Ela não queria que o Gil falasse com a gente", conta. Só que, dessa vez, deu tudo certo no final das contas e ela saiu do show com a entrevista na mão. Mônica diz que fazer parte do CQC não é simples. "Às vezes, tenho 30 segundos para driblar um segurança e fazer uma pergunta genial para alguém. Isso é muito difícil e eu estou aprendendo ainda", admite.

Outra dificuldade enfrentada por Mônica foi aprender a lidar com as câmaras. Mesmo tendo feito seis curtas e um curso de interpretação para TV e cinema, ela ficou ressabiada. "A sorte é que o CQC é bem o que todo mundo vê. É na cara e na coragem", diz.

Mas nem tudo é pedreira na vida da repórter. Dia desses, ela ganhou três beijinhos - no rosto - do compositor Chico Buarque. Por conta do feito, Mônica viu seu twitter ser bombardeado por recados do público feminino. "Eu disse que estava representando todas as mulheres do Brasil e pedi um beijo. Ele deu dois. Eu pedi mais um e ele deu", rememora.

O fato de estar cara a cara com um ídolo da música popular brasileira deixou Mônica paralisada. Um produtor foi quem a trouxe de volta à realidade. "Chico parou e ficou me olhando. Eu pensava: 'Chico Buarque está olhando pra mim'. Aí, o produtor disse: 'vai lá' Eu tinha esquecido por alguns segundos que eu estava ali", diverte-se.

Entrevistar a atriz Fernanda Montenegro é uma meta a ser cumprida por Mônica. "Acho que todas as profissões têm seus gênios. Na minha, ela é esse exemplo de atriz, mulher e mãe", elogia.

Quase o Superman
A vida de Mônica mudou pouco com a fama. Por aparecer na tevê sempre de terno, ela quase não é reconhecida nas ruas. E, quando alguém lembra que ela faz parte do CQC, esquece seu nome. "Escutei duas senhoras falando num shopping: 'Aquela não é a coisa Iozzi'", ri.

Quando está sem o figurino do programa, a repórter anda de ônibus, vai à padaria e à farmácia sem causar tumulto. Mas quando coloca o figurino do programa... "Estou vivendo um momento Superman da minha vida. Quando estou de vestidinho, sou o Clark Kent. Com o terninho, viro o Superman", brinca.

A beleza da moça fica mais evidente quando está sem o figurino do programa. Mesmo assim, ela afirma não acreditar que sua beleza tenha ajudado a derrotar os 28 mil inscritos no concurso para a escolha do oitavo integrante da produção. "Eu gosto de mim, mas bonita mesmo é a Letícia Sabatella", garante Mônica, que tem 1,74 m e pesa 61 kg.

Instantâneas
# Mônica nasceu em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Sempre que pode, ela vai visitar a família em sua cidade natal. A última vez que ela viu os parentes foi no último dia 2 de novembro, data em que a moça completou 28 anos. "Fizemos uma festinha lá em casa", conta.
# A mãe de Mônica ligou muito preocupada para a filha assim que uma de suas reportagens foi ao ar. Numa entrevista com Daniela Mercury, a repórter deu uma cantada na cantora. "Tive de explicar que foi uma brincadeira", relembra.
# Apesar de trabalharem juntos, Mônica tem pouco contato com os outros membros do CQC. "As pessoas acham que moramos em uma república e vivemos juntos o tempo todo, mas não é assim", pondera. Na realidade, cada repórter recebe a sua pauta e vai sozinho fazer sua matéria.
# Antes de entrar no programa, Mônica trabalhou como balconista de uma livraria. "Eu atendia no setor de artes plásticas e, por isso, aprendi a reconhecer as grandes obras", analisa.

Fonte: Terra

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