Apresentador do CQC dá seu parecer sobre o melhor e o pior da cidade.
Profissão: jornalista, escritor, diretor e apresentador de TV
Nasceu em: 10 de novembro de 1959, em Ituverava (SP)
O que está fazendo: Apresenta o humorístico CQC, na Band, e o telejornal infantil Plantão do Tas, no canal Cartoon Network
O que é constrangedor para você em São Paulo?
O desrespeito com o espaço público. O pior mau exemplo vem da própria polícia, que não respeita calçadas, sinais e leis de trânsito. Mesmo sem estar acontecendo emergência alguma.
O CQC incomoda muita gente. A ousadia é o segredo do sucesso?
Sim. A ousadia é o grande segredo do CQC, além de fazer jornalismo com humor. Ambos com igual profissionalismo, carinho e cuidado.
Você também tem uma coleção de gafes pessoais?
Tenho dezenas, senão centenas... No último Dia de Finados, o estúdio do CQC estava muito animado. Numa volta de bloco, eu mandei algo assim: “Que delícia tá isso aqui, parece que todo mundo resolveu comemorar o Dia dos Mortos!”. Foi difícil continuar o programa. Com minha gafe, consegui algo quase impossível: fazer Rafinha Bastos e Marco Luque darem uma gargalhada descontrolada! Quem faz TV ao vivo não pode ter medo de cometer gafes. O público adora quando nós erramos na TV, ao vivo. Acredito que cria-se um alívio com a consciência de que somos todos demasiadamente humanos.
Seu Twitter tem mais de 480 mil seguidores. Defina-se em 140 caracteres.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem muito dinheiro no banco e vindo do interior. Valeu, Belchior!
Algo que ninguém saiba sobre você.
Meu primeiro bairro em São Paulo foi a Liberdade. Fazia cursinho e morava numa pensão, dividia quarto com outros três garotos do interior. Parecia o Carandiru. O dono da pensão era um espanhol, gordo e careca, que resolvia os problemas com um taco de beisebol. Foi um período muito didático.
Alguma mania sua bem paulistana.
Lavar o carro no posto.
Pizza de quê?
Meia marguerita, meia calabresa, da Camelo.
Uma mosca na sua sopa.
Música de quinta com volume muito alto.
Top five paulistano 2009.
1. Rodinhas de fumantes pelas calçadas queimando cigarros que não oferecem nada em troca além de problemas para a saúde.
2. Governador Serra de madrugada no Twitter sugerindo música dos Beatles para varar a noite.
3. Rubinho dando xabú em Interlagos.
4. Garota de saia cor-de-rosa atacada pelos energúmenos na Uniban.
5. Apagão bem no dia do meu aniversário (minha primeira festa numa calçada!).
O que faria se fosse prefeito?
Investiria em espaços públicos para pedestres. Quando se sai daqui, percebemos a tragédia paulistana: privilegiar mais os carros que gente. Porto Alegre, Recife e mesmo Rio Branco têm muito a ensinar nesse quesito.
Um oásis paulistano?
Mooca, Freguesia do Ó e a Rua Oscar Freire.
Onde busca “comida afetiva”?
Na Casa do Zezinho, no Jardim Ângela, onde sou voluntário há cinco anos.
SP tem gosto de quê?
De todos os lugares do Brasil e do mundo.
E tem cheiro de quê?
De velocidade.
Fonte: ÉPOCA SP
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